A rua
João Luiz de Moraes localiza-se no bairro Estação Portão e foi
aberta (recorte no morro) para assentar os antigos trilho do trem que
passavam pela cidade. Em meados de 1909, as primeiras famílias que
ali chegaram eram de ferroviários. Foram construídas cerca de 6 a 7
casas móveis que eles usavam. Antes disso, eram campos de criação
de gado. Existem familiares do João Luiz de Moraes morando ali
ainda; uma neta chamada Adriana que possui um brechó na casa da Laci
Shcüler. Também é fato que a ocupação maciça e desenfreada
ocorreu após 1965, devido à retirada dos trilhos. Esse lugar era
conhecido pela cidade como “os trilhos de cima”, havendo “os
trilhos de baixo”, local onde fica nossa escola. Os trilhos eram
onde viviam as pessoas pobres da cidade. Dizia-se que ali além de
pobres viviam muitos “marginais” e devíamos ter cuidado para não
passar por lá. Hoje em dia, com o aumento da população, não se
menciona mais a localidade como “os trilhos”, nem seus moradores
como “trilheiros”, pois há outras vilas mais pobres e
problemáticas na cidade. A Rua João Luiz de Moraes, embora muito
estreita, já conta com asfalto e luz em quase toda a sua extensão,
o posto de saúde na entrada da vila foi reformado e há muitas casas
feitas de alvenaria. Esses dados foram colhidos com a ajuda da
historiadora da cidade Jussara Prates Santos Girarde.
Seguem imagens da Rua João Luiz de Moraes, local habitado pela minha família parceira.
Margarete
em frente a sua casa (rua já asfaltada). Bruno sentado no carro da
família em frente a sua casa (rua de chão batido).
A Rua
João Luiz de Moraes hoje em dia, já com asfalto, luz e água, mas
ainda muito estreita, por causa dos barrancos.
Entrada
da Rua João Luiz de Moraes atualmente.
O novo posto de saúde para a vila, já em funcionamento.
Margarete
e o Júlio juntos com o seu Manoel e a dona Otília, uns dos últimos
moradores que moravam na vila desde o inicio da sua ocupação. A
dona Otília, hoje já falecida, era irmã da avó da Margarete.
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